quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O alpinista

Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu depois de muitos anos de preparação escalar o Aconcágua. Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade. Começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, e por que não havia se preparado para acampar, resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo. Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar uma palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada! Tudo era escuridão. Zero de visibilidade. Não havia Lua e as estrelas estavam coberta pelas nuvens. Subindo por uma "parede" a apenas 100 m. do topo ele escorregou e caiu ... Caia a uma velocidade vertiginosa. Somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo ... e nesses angustiantes momentos passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que já havia vivido em sua vida. De repente ele sentiu um puxão forte, que quase o partiu pela metade. Shack!...Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura. Nesses momentos de silêncio suspendido pelos ares na completa escuridão, não havia nada a fazer a não ser gritar:
- Ó meu Deus me ajude!
De repente uma voz grave e profunda vinda dos céus respondeu:
- O que você quer de mim meu filho?
- Me salve meu Deus por favor?
- Você realmente acredita que eu possa te salvar?
- Eu tenho certeza meu Deus!
- Então, corte a corda que te mantém pendurado ... Ouve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda a corda e refletiu que se fizesse isso morreria...

Conta o pessoal de resgate que ao realizar as buscas encontrou um alpinista congelado, morto, agarrado com força com suas duas mãos a uma corda...a somente meio metro do chão ...

"Por vezes nos agarramos as nossas velhas cordas que nos mantém seguros, porém ter fé é arriscar-se a perder total controle sobre a própria vida confiando-a ao Pai. Que possamos todos entregar-nos e viver plenamente na confiança de que existe Aquele que está sempre ao nosso lado a nos suportar, mesmo que nossa corda arrebente".

(Autor desconhecido)
"É necessário construir a civilização do amor."

A civilização do amor é muito mais do que uma simples opção, é um imperativo do Evangelho: “Isto vos mando: amai-vos uns aos outros” (cf. Jo 15,17). O desafio de Jesus para cada um de nós é claro, mas não é tão simples assim. O pronunciamento do verbo amar está nos lábios de todos, cristãos e não cristãos. Hodiernamente vive-se num profundo procurar falar daquilo que é belo e agradável aos ouvidos, declamamos poemas, contamos histórias de amor, criamos uma aparente fisionomia dos “lábios”, tudo tem que agradar aos ouvidos, mas as atitudes ficam extintas. A busca deve ser incessante por construir uma civilização que resgate os valores que estão perdidos em meio a grande massa que está abafando os valores de cada qual. Isso está destruindo a valorização própria de cada ser humano, deixando cada qual sentindo-se cada vez mais sem forças para se reconhecer com seus valores. Nada é construído por acaso, assim como nada é perdido por acaso; para tudo se tem uma justificativa e essas justificativas na grande maioria das vezes são sem fundamentos. Atualmente se está criando uma desconstrução de valores, uma desconstrução das civilizações, uma desmoralização do indivíduo. Há uma grande falácia e pouca atuação, o somente falar não resolve a vida de ninguém, as atitudes valem muito mais. Os ensinamentos de Jesus nunca foram fáceis de serem cumpridos por isso eles são exigentes, exige de cada um de nós uma mudança radical e na busca de valores essenciais que estão adormecidos pelo relaxo da vida humana. O segredo para o resgate e a construção da civilização do amor está na busca incansável do combater-se a si mesmo: gostos, orgulhos, vaidades, mesquinhez, entre outros que cada qual possa pensar e que seja necessário para essa busca. Sejamos construtores de uma vida nova pautada no amor que constrói relações, cria laços e nos faz assumir uma nova postura diante de nós mesmos e de Deus. Que Nosso Senhor Jesus Cristo nos inspire a construir a civilização de nossos corações para gerar paz, fraternidade e amor.



Pe. Beto (vigário paroquial)